Jamila's goal

terça-feira, 30 de março de 2010

Sobre estar pronto para deixar de ser gordo



Estou participando de uma comunidade dos Vigilantes do Peso no Orkut e lá há um post chamado "Desabafo", no qual as pessoas podem se abrir e falar sobre como está sendo o processo, se estão sofrendo, enfim. Eu acabei resolvendo dar o meu pitaco depois de ler alguns desabafos de gente dizendo que se odiava, que se sabotava... Especialmente porque eu já passei por isso. E trouxe minha postagem para cá:

CONCEITOS QUE NOS AJUDAM A MUDAR

#1 Somos seres condicionados aos hábitos, e sua mente sempre vai preferir o que é conhecido, mesmo que ruim, ao desconhecido, que pode ser bom. Permita-se o desconhecido: um corpo novo, uma vida nova. Dá medo, mas a jornada começa na sua cabeça.

#2 Deixar de ser gordo é abandonar uma série de papéis que a gente desempenhou a vida toda: o(a) coitadinho(a) que foi maltratado na infância e na adolescência, a pessoa que tem medo de ser rejeitada o tempo todo e por isso tem medo da vida, o ser humano aprisionado num corpo gordo que tem pena de si mesmo.

Você precisa entender que o corpo novo vai exigir que você se relacione com o mundo de forma diferente, e muita gente trava aqui. Sejamos honestos: a gordura pode ser uma desculpa para não irmos atrás das coisas, para ficarmos nessa posição de vítima da vida o tempo todo, se escondendo atrás das roupas largas e da vergonha de não caber no modelo ideal. Você precisa se preparar para deixar de ser essa pessoa! Não adianta mudar de corpo se você não mudar sua atitude em relação à vida.

#3 Eu entendo o sofrimento de quem se olha no espelho e se detesta, mas se você entrou para o VP deveria estar muito orgulhoso de si: você reconheceu que tem um problema e resolveu pedir ajuda! Isso é muito bom. Só esse fato já é um excelente motivo para você melhorar sua auto-estima. Afinal, você tomou a iniciativa de mudar. Se você está se sabotando, pense seriamente sobre o quanto sua mente não está funcionando no "automático", e mais que isso: esteja preparado para receber algo de bom, para conquistar algo muito bom. Você está fazendo isso por você, e por mais que tenham tratatdo você assim ao longo da vida por sua aparência, você é tão digno de ser feliz quanto as outras pessoas. Aceite isso no seu coração, repita isso para você, mude seu padrão.

Será que você sabe viver sem o seu sofrimento por ser gordo(a)?
É essa a resposta que você precisa encontrar para poder levar o programa a sério, lidar melhor com suas emoções e manter um peso saudável depois de atingir sua meta.

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Aproveito para deixar a dica de um livro aqui, chamado A Coruja era Filha do Padeiro.
Minha psicóloga o recomendou em uma das vezes em que resolvi abordar a questão do corpo e da obesidade em tratamento, e eu o acho bastante pertinente no sentido de nos dar pistas sobre a origem dos processo emocionais que nos levam ao excesso de peso.

Como amostra, separei aqui uma lista de características que o estudo conduzido pela autora da livro detectou em mulheres obesas. É uma boa oportunidade de refletir e de buscar se conhecer mais, pois promover uma transformação desse porte vai muito além de seguir uma dieta e ler revistas. :)
Talvez você não se identifique com absolutamente tudo na lista, mas encontre aqui algumas pistas para se entender melhor.

"A Mulher Obesa e o Seu Corpo

1. Não tem de si e do corpo a experiência de uma unidade. O corpo encarna a projeção da sombra e é experimentado como mal. A sexualidade, torna-se, por conseguinte, má. Feminilidade e sexualidade são confundidas.

2. Incapaz de experimentar a própria dimensão corporal. Não sabe, psicológica e fisicamente, onde começa e onde termina.

3. Não consegue reconhecer as próprias funções corporais, interpretando erroneamente, por essa razão, os sinais vindos do corpo, a "fome" em especial.

4. A rigidez com relação aos sentimentos resulta na rigidez física e no bloqueio de energia.

5. Frustrações, agressividade e incapacidade de ajustar-se à realidade são expressas na ânsia por comida.

6. A tensão corporal, seja qual for a origem, é aliviada pela ingestão de alimentos.

7. Comer em excesso e ser obesa podem ser uma defesa contra a ruptura psicológica.

8. Não comer e ser esguia são considerados sinônimos de ser boa, corajosa, moralmente vigorosa, bela, capaz, bem-sucedida, feminina e desejável. Perder peso submeteria todas essas fantasias à prova.

9. A obesidade é com frequência uma expressão de desafio aos valores da coletividade, especialmente à ênfase na magreza.

10. Fantasias de perfeição levam a atitudes do tipo "tudo ou nada", que desencorajam a dieta moderada.

11. Corpo robusto dá um sentimento de força e estabilidade, compensando a falta de autoconfiança e os sentimentos de inadequação."

Abraço!

quinta-feira, 25 de março de 2010

Sobre a obesidade - expandindo a visão sobre o assunto (parte 2)



Semana passada escrevi um pouco sobre a questão da obesidade como epidemia mundial, o papel da propaganda e da indústria alimentícia nesse processo, e os riscos que a geração atual corre de viver menos que seus pais em função da baixa qualidade de vida. Hoje eu gostaria de me debruçar sobre um outro aspecto importantíssimo do impacto mercadológico da gordura: a indústria farmacêutica.

Se você acha que a indústria farmacêutica é um bando de cientistas bonzinhos buscando cura para os grandes males da humanidade, pense novamente. Eu não tenho medo de dizer que ela é um dos mercados mais sórdidos já criados pela humanidade. OK, eles também salvam vidas, minimizam sofrimentos. Mas não dá para esquecer os testes com cobaias humanas em países pobres (quem assistiu ao filme O Jardineiro Fiel sabe do que eu estou falando), a biopirataria, a distribuição de medicamentos com efeitos colaterais perigosos e... altos lucros com pacientes crônicos.

Para ilustrar um pouco melhor o que estou descrevendo, aqui estão alguns números:

População atual do Brasil: cerca de 185 milhões de pessoas

População de hipertensos: cerca de 17 milhões (9% da população total, mas representando 35% da população acima de 40 anos)

População de diabéticos: cerca de 9% da população (11% da população acima de 40 anos). No mundo todo, há 240 milhões de diabéticos, ou 6% da população.


Aqui estão alguns dados sobre os medicamentos mais vendidos do mundo - veja quantos deles tratam problemas crônicos relacionados a obesidade, colesterol, problemas cardiovasculares, diabetes (clique na imagem para ver o resto da tabela):


Para saber mais sobre os números da indústria farmacêutica no mundo:
http://www.scribd.com/doc/7018731/250706-Relatorio-Setorial-Farmaceutico-Inicio-de-Cobertura


Onde eu quero chegar? No óbvio: nenhum paciente é tão interessante para a indústria quanto o paciente crônico.
O cara que toma vários comprimidos por dia, cada vez mais a cada ano que passa, até morrer.

Portanto, conscientize-se de algo importantíssimo: a indústria e a mídia não querem que você emagreça e seja saudável. Bom, talvez a indústria de fitness (rsrsrs!), mas ela é pequena demais comparada à indústria alimentícia e à farmacêutica. Nenhuma indústria mudará sua forma de oferecer produtos às pessoas ou fará campanhas razoáveis de prevenção dos problemas de saúde se é deles que elas tiram seu lucro. Não confie em embalagens, nem em "campanhas de conscientização" - o impacto do marketing de produto é sempre muito superior ao resultado dessas iniciativas.

Se não tomarmos para nós a responsabilidade de cuidar da nossa saúde e PREVENIR problemas, logo estaremos com nossos comprimidinhos, seja para hipertensão, seja para diabetes, seja para depressão e outros transtornos psicológicos (ou você acha que uma autoestima baixa também não gera quadros mais graves de distúrbios?). Logo vamos fazer parte das estatísticas da OMS que já citei no outro post, apontando que a expectativa de vida mundial está caindo.


A indústria farmacêutica não quer que você se cure. O que ela quer é que você tome mais remédios - de preferência, todo dia, e começando cada vez mais cedo na vida.

Emagreça, faça atividades físicas, coma alimentos saudáveis e não dê esse gostinho a eles. :D




Links:

sábado, 20 de março de 2010

Ciclos


Eu não tenho hormônios predominantemente femininos (espero), mas ainda assim, também passo por ciclos neste processo de reeducação alimentar. Essa semana foi particularmente difícil no meu processo, porque, dois pontos, parágrafo, travessão:

1) Não estou comendo açúcar branco, pois é calórico pra burro e estou reeducando meu corpo. Então, suco e café sem açúcar. Sem nada, se possível. Fazer isso com o café é moleza, pois qualquer adoçante com esta bebida fica pavoroso. Ainda não tentei sucralose.
Tente ficar sem açúcar branco. Dá uma fome louca que você não sabe de onde vem. E, olha só, faz só quinze minutos que você almoçou. Mas eu tô firminho. Uma hora o cold turkey passa.

2) Reiniciei atividade física, com caminhadas três vezes nesta semana, 30-40 minutos por vez. Meu corpo adora exercício, mas estou há um bom tempo sem fazer. E isso aumenta BEEEEEEEM a necessidade de comida.

Uma coisa importante de notar foi que eu planejo mal os meus dias no consultório. Como normalmente fico trabalhando de 7 a 8 horas direto, com poucos intervalos, deveria levar mais coisas zero ponto para conseguir levar o dia sem parir uma ovelha, no desespero da fome que às vezes acontece nesses processos de reeducação. Mas como não consegui fazer isso na maioria dos dias, o resultado foi uma semana ruim.

Resultado da semana: estourei nos pontos flex. O máximo combinado é 35 e consumi 42,5 (tá bom, 43, seus chatos). Com tudo isso, ainda perdi 600g. Considerando o período, não consigo nem reclamar, rsrsrsrsrsrsrs...

sexta-feira, 19 de março de 2010

Receitas legais da semana

Olá!
Olha o blog de cara nova! Eu que fiz esse singelo header para ele, rs

Mal parece que já faz duas semanas que começamos a reeducação alimentar.... rs. Hoje a balança só apontou menos 0,5 kg, mas não estou nem aí porque sei que tem a ver com meus ciclos hormonais e eu fiz tudo direitinho ao longo da semana...  Corri em dois dias, fiz musculação e caminhada em outro: isso com certeza vai aparecer na próxima pesagem. :)

Trago aqui duas receitas legais que fiz durante a semana.

1) Uma receita inventada

SOPA DE ABOBRINHA COM SALMÃO

3 abobrinhas grandes (eu fiz com a italiana)
1 cubo de caldo de legumes sem gordura
100g de salmão
1 clara de ovo (opcional: incluí porque tinha usado uma gema para outra receita, rs)
sal a gosto

Um prato (duas conchas): só 2 pontinhos!

Rale ou fatie a abobrinha bem fininho e ponha para cozinhar com sal e o caldo de legumes. Ponha muito pouca água, pois a própria abobrinha começa a soltar água bem rápido. Cozinhe até a abobrinha começar a desmanchar. Enquanto isso, prepare o salmão, temperando-o apenas com sal em uma grelha ou panela de teflon - e livre-se da gordura que ele soltar! 

Num liquidificador, bata a abobrinha com mais água, na proporção de 1 concha de abobrinha para uma concha de água. Quando tiver obtido um creme, volte a mistura à panela, acerte o tempero se necessário e acrescente a clara de ovo, misturando para que ela se transforme em pedacinhos macios cozidos. Fracione o salmão em pedaços bem pequenos e adicione à sopa, sempre misturando bem.

Ficou assim:


Eu gostei! rs


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2) Uma receita adaptada - a original está rabiscada

BOLO DE AVEIA

1 xíc. de açúcar mascavo
3/4 de xícara de açúcar branco
1/2 xíc de óleo
2 ovos
1 de 1/2 xíc. de farinha de trigo 1 xíc. de far. de trigo, 1/2 xíc de far. de linhaça com gérmen de trigo
1 xíc. de aveia
1 cc de canela
1/2 xíc. de uva passa
1 C.S. de fermento em pó
1 xíc de água quente 1 xíc de Ades light sabor maçã


Um pedaço (quadrado ou fatia de 2 dedos de largura ): 3 pontos

Misturar os ingredientes secos, acrescentar os líquidos aos poucos e levar ao forno em assadeira untada e enfarinhada (eu "enfarinhei" com gérmen de trigo - o bolo ficou bem crocante). Esse bolo vai lhe fornecer uma quantidade excelente de fibras, além de ser uma delícia!

segunda-feira, 15 de março de 2010

2,5 semanas - 2,5 kg

Começo minha participação nesse blog com 3 pesagens de atraso! Afinal disse sim ao rehab alimentício, mas ainda não tomei providências quanto aos maus hábitos da procrastinação. Depois de engordar 25 kg nos 4 anos de faculdade recém terminada, graças à jantares de pizza e miojo às 2h da manhã e escapadas gastronômicas a todo o momento, resolvi aproveitar o tempo livre após formada para cuidar da saúde. Desde os 20 anos sofro com o efeito sanfona (que é "genético" na nossa família) e nunca realmente fiz algo a respeito. Nos dois primeiros anos de faculdade, tinha mais tempo estudando de manhã, então até ia à academia, mas acabava topando algum jantar indigesto na saída.

Tirei a vesícula em 2008, aos 25 e no começo do ano uma escoliose pinçou um nervo da minha lombar e por alguns dias tive medo de estar com apendicite e ter que entrar na faca pela 7ª vez, antes dos 30. Sou avessa à remédios para emagrecer, dietas da USP e afins, então achei que o VP seria a melhor alternativa para emagrecer enquanto cuido da minha saúde. Não estou com a menor pressa de emagrecer, tenho um namorado que não vai me largar por causa do meu peso, minha formatura já foi e consegui entrar em um vestido e ficar bonita para os outros definitvamente não é o meu objetivo. Preciso é aprender a comer direito, criar coragem para experimentar alimentos mais variados e mais saudáveis e o VP está me ajudando com tudo isso.

A primeira semana foi bem tranquila, quase não usei meus queridos pontos flex e de cara já consegui eliminar 2 kg. Na segunda semana, fui atormentada pelas tentações de mais uma São Paulo Restaurant Week, que mesmo eu sabendo que não é o melhor momento para frequentar, consegui ir e escolher restaurantes com pratos mais leves para experimentar.

A semana seguinte foi bem preguiçosa e o resultado apareceu na balança: somente 0,5 kg eliminado. Não consegui fazer nenhuma atividade física por ainda estar com dores na coluna, mas comecei a fazer sessões semanais de RPG pra dar um jeito na postura e ir colocando minha coluna no lugar enquanto elimino os 40 kg que a sobrecarregaram.

Hoje comecei a trabalhar, depois de uma pausa de quase 3 meses em casa, e acho que vou ter mais pique pra encarar uma caminhada de manhã ou algum exercício mais produtivo que arremesso de osso pro cachorro. O desafio agora é organizar uma marmita diária (não esotu acostumada a cozinhar, lembra do miojo lá em cima?) e resistir às tentações durante o dia, como os lanches que o povo sempre oferece e o bairro cheio de guloseimas por todos os lados. Uma Subway na frente e uma Ofner na esquina. Páscoa chegando. Mas, vamô que vamô!

Sobre a obesidade - expandindo a visão sobre o assunto (parte 1)


 
Estar nesse processo de reeducação vem me fazendo refletir um bocado sobre mim mesma, meus hábitos e, naturalmente, o mundo em que eu vivo. Por isso, acho de extrema importância partilhar esse insight que eu tive outro dia - para mim, isso se torna um motivo a mais para manter minha determinação.

Vivemos num mundo dominado por corporações: mídia, telecomunicações, alimentos, remédios, veículos. Elas estão nos bombardeando o tempo todo com propaganda, seja nos comerciais de tevê, nos patrocínios, nas publicações, enfim... Estamos cercados de propaganda.

A indústria de alimentos e bebidas investe forte em marketing, formando consumidores desde cedo. O Mc Donald's não dá brinquedos nos lanches só porque eles são legais - desde pequenas, as crianças aprendem a associar aquele tipo de alimento a diversão e recompensas. As crianças que assistem muita TV torturam seus pais no supermercado implorando por produtos, porque seu desejo foi estimulado de tal forma que elas passam a achar que serão infelizes se não possuírem/consumirem aqueles artigos. Eu poderia escrever por horas sobre o assunto, mas prefiro deixar aqui a dica de um filme chamado "Criança, a Alma do Negócio", no qual, entre outras barbaridades, vemos crianças que identificam um saco de Cheetos de Doritos ou de bolacha sem ver o nome, mas não sabem o que é uma berinjela ou um pepino.

Essa é a parte 1 do filme - basta ir clicando nas seguintes (são 5):


Os efeitos dessa massificação do consumo de alimentos extremamente calóricos já são muito, muito alarmantes.

O mais recente relatório da OMS (Organização Mundial de Saúde) afirma que a atual geração de crianças poderá ter uma expectativa de vida menor que a de seus pais, e isso se deve basicamente a doenças não-contagiosas, como hipertensão e câncer.
Um dos trechos mais impactantes:

"Os especialistas asseguram que uma quarta parte das mortes atribuídas a essas doenças poderiam ser evitadas com medidas de prevenção adequadas.
No total, 35 milhões de pessoas morrem por ano por causa dessas doenças, entre elas: problemas de coração, derrames cerebrais, diabetes, câncer, doenças respiratórias crônicas e distúrbios mentais."


Leia mais nestes links:

http://colunistas.ig.com.br/luisnassif/2010/02/25/saude-da-nova-geracao/

http://www.obesidadeinfantil.org/


O resumo da ópera: a população mundial nunca foi tão doente quanto hoje, e "coincidentemente", nossa alimentação e hábitos de vida nunca foram tão insalubres e ameaçadores à boa qualidade de vida. Estes são os tempos da ciência e da medicina mais avançadas de todos os tempos, e ainda assim os seres humanos vão continuar morrendo de causas evitáveis, em países ricos e pobres.

Enquanto isso, preste atenção às embalagens nos supermercados: para ficar num exemplo absurdo, hoje vi um pacote de balas mastigáveis em formato de mini-hambúrgueres, ou seja: algo feito basicamente de resinas, açúcar e corante. A embalagem dizia em grandes letras: "fonte de proteínas" (??????)

O tempo todo, as empresas estão "disfarçando" o real impacto dos alimentos cheios de calorias vazias: "rico em cálcio", "vitaminado", criando a impressão de que se está adquirindo um produto que traz benefícios à saúde. Os minerais e vitaminas podem até estar lá, mas virão acompanhados de muitos gramas de carboidratos e gorduras, timidamente listados nas letras miudinhas das informações nutricionais. Exemplo:

100g de bolacha Trakinas te garantem 2 mg de ferro embrulhados em 475 calorias.
100g de espinafre te garantem 3 mg de ferro embrulhados em... 20 calorias.


Nós que usamos a Internet temos acesso a informação (na grande mídia, mas também em outras fontes, como um blog, rs!) e temos oportunidade de desenvolver nosso senso crítico em relação ao impacto de tudo isso em nossas vidas. Infelizmente, isso já não acontece com o cidadão de baixa renda e baixa escolaridade, que encontra na televisão uma fonte confiável de informações e aconselhamento. E é lá que ele vê uma mulher de biquíni lhe oferecendo cerveja, com letrinhas minúsculas dizendo "beba com moderação", cidadãos tendo orgasmos solitários ao levar um sorvete à boca e outras tantas ferramentas de persuasão. As pessoas se tornam criaturas infelizes e incompletas porque não possuem ou consomem o que lhes é oferecido nas telas da hipnose do marketing.


...

Você vai continuar bancando os altíssimos lucros dessa gente que está por trás de tudo isso? :)

Globo Repórter sobre reeducação alimentar

Não estou fazendo propaganda da Rede Globo (aliás, a TV é um item decorativo da minha sala, ou a tela do DVD, hahahaha), mas semana passada possou um "Globo Repórter" sobre reeducação alimentar e estou compartilhando o link aqui com quem se interessar:

http://g1.globo.com/globoreporter/0,,MUL1527698-16619,00.html


PS: Vários pontos flex esse fim de semana... Mas sem culpa, rs! E nessa semana que vai começar, vou correr pelo menos três vezes... Aí sexta-feira a gente vê, hahaha!

sábado, 13 de março de 2010

Meu super jantar de ontem

Acho que uma das melhores coisas que o Vigilantes me trouxe foi a volta do entusiasmo para cozinhar - eu andava meio "viciada" em receitas de ampla aceitação em casa e sem grande variedade. Com essa sacudida, estou o tempo todo inventando!

Ontem fui jantar com amigos e levei cones de Rap10 light. Eu já gostava de Rap10 antes, agora q descobri que cada tortilha só tem um ponto, tô no céu, rs! Se alguém não conhece Rap10, essa é a cara dela:

Para preparar, basta aquecer cada tortilha em uma frigideira sem óleo até ficar douradinha e crocante e completar como quiser! Pode enrolar como panqueca, como temaki ou ainda dobrar ao meio como um crepe ou um taco.


Fiz quatro recheios para os meus cones (some mais um ponto da Rap10 na conta!):

ATUM:
atum ralado (em água, sempre!) temperado com sal, salsinha e Sazón - 1 ponto o recheio de cada cone (2 C. S.)

CALIFÓRNIA:
inspirada no temaki, fiz um recheio de pepino, manga e kani, dois palitos longos de cada coisa - 2 pontos

ESPINAFRE COM RICOTA:
espinafre cozido no vapor, 1 C.S. de creme de ricota, sal e alho tostado - 1 ponto

SOJA INDIANA:
proteína de soja granulada cozida com pimentão e cebola picadinhos, curry e pápricas doce e picante - 2 pontos

Delícia!

PS: Vocês vão reparar pelo teor das receitas, mas já aviso: não como frango nem carne vermelha, logo todas as receitas que vou publicar serão ovo-lacto-vegetarianas ou terão peixe e frutos do mar - e só. :)

sexta-feira, 12 de março de 2010

Primeira pesagem!

Êêêêêêêêêê!
Menos 2 kg!
(Tô tirando a média, já que a balança de casa está dando 99.1 e a do Vigilantes deu 99.8 :/)

Isso porque eu comi pastel de brigadeiro e pizza essa semana, hahahaha!
O lance é justamente esse - não é deixar de comer as coisas, mas sim deixar de comer as coisas como se o mundo fosse acabar depois, rsrsrs!

:)

quarta-feira, 10 de março de 2010

Um post metade horroroso, metade maravilhoso

Isso é uma ressonância magnética do corpo de um cara gordo.
Dados do cara ali embaixo
Idade: 40 anos
Altura: 1,68m (minha altura!)
Peso: 113 kg

A foto é muito louca, porque você vê o corpo "magro" aprisionado pela gordura.
No caso desse cara, o problema já é mais sério, pois ele também tem gordura recobrindo as vísceras, algo que pode gerar muitos problemas de saúde no futuro.


Se não é inspirador, pelo menos é educativo, rs!


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Voltando ao processo de reeducação: está sendo mui-to legal!
A única vez em que passei fome foi porque estava dando aula e não dava para "lanchar" na frente do aluno, rs, mas fora isso tudo vai super bem. Não estourei minha cota de pontos diários e só gastei um terço dos chamados "pontos flex" (um adicional que é permitido semanalmente na reeducação do VP). Ainda não fui me pesar na sessão - é só sexta -, mas me pesei em diferentes horários e o ponteiro já voltou pro lado de cá do 100... E sem sofrimento! :)

Para ilustrar minha ausência de sofrimento, para o jantar de hoje fiz uma salada de rúcula e tomate e outra de pepino, cenoura e beterraba ralados, e como prato principal servi filé de peixe (Saint Peter, ou tilápia de tanque), brócolis grelhado com alho torrado e magníficas batatas assadas numa receita que adaptei da página americana dos Vigilantes do Peso no Facebook, rs!

BATATAS ASSADAS COM CURRY E SALSINHA
- 4 batatas médias (1 ponto cada)
- 1 c.c. de azeite para cada 2 batatas (1 ponto cada colher)
- sal (0 ponto)
- curry (0 ponto)
- salsinha (0 ponto)

Cortar as batatas em fatias longitudinais e temperar na seguinte sequência:
sal - azeite - curry - salsinha

Levar para assar em fogo alto, em forma não-untada, conferindo o ponto da batata até estar do seu agrado e borrifando água sobre ela para não ressecar demais.

O resultado ficou mais ou menos assim (com menos 'brilho', porque usei pouquíssimo azeite e com mais cor porque o curry foi idéia minha, rs):


















Viu como dá para ser feliz? :D

segunda-feira, 8 de março de 2010

Atenção!

Tava lendo uma lista de discussão que a Jam deixou aberta aqui. Uma pessoa relatava um caso curioso, em que uma pessoa ("Debby") não emagrecia, debalde todos os esforços dos médicos que a acompanhavam. Debby relatava uma ingesta calórica de cerca de 1000 kcal, suficiente para emagrecer qualquer humanóide. Mas exames revelaram que ela ingeria cerca de 3000 kcal por dia, SEM PERCEBER. Uma coisinha aqui e outra ali.

Uma atitude muito interessante quando o processo de reeducação alimentar começa é PRESTAR ATENÇÃO ao que você come. O tempo todo. Faz parte de prestar atenção na vida. Mas a gente esquece. Ontem, numa festa, eu estava CHEIO depois do terceiro pedaço de pizza. Não podia ouvir falar em comida. Mas normalmente continuaria a comer, hehehehe... o tal do piloto automático. A Odalécia da Jamila.

E prestar atenção no que a gente ingere muda a nossa relação com o alimento, saciedade, necessidade e desejo. ;)

O primeiro fim de semana

Sábado, levar as crianças ao cinema. Domingo, jantar na sogra (e sogro, pois os dois cozinham muito bem, hehehe).
Podia ser um fim de semana como qualquer outro, mas dessa vez eu estava lá contando meus pontinhos e observando tudo que eu comia. Aí é que está a coisa interessante: quem come além da conta muitas vezes percebe o momento em que o corpo está satisfeito, mas a cabeça continua te mandando comer mais, o(a) gordinho(a) que mora em nós - vou chamar a minha de Odalécia, hahahahahaha!

Esse fim de semana a Odalécia ficou meio emburrada, apesar de as concessões terem sido relativamente pequenas. É um molho a base de queijo que você não põe no sanduíche, o outro pedaço de pizza que está sobrando na travessa e aparentemente ninguém vai querer...(opa, uma grande concessão: fui no café da Kopenhagen e NÃO pedi aquele capuccino obsceno deles, em que a colherzinha atola no taroco de chocolate derretido que tem lá dentro, rs! Tomei um café.)

Aí fica o embate mental:
Odalécia: "Ah, hoje é domingo, e essa pizza tá uma delícia, hein?"
Eu: "Tá, mas eu já comi bastante..."
Odalécia: "E daí?"

Quando você percebe que algo em você diz "e daí?" quando a questão é comer demais, você realmente precisa de ajuda.
Eu estou feliz por ter admitido isso. :D

SEÇÃO INTERATIVIDADE
Pois é, descobri que o Youtube está repleto de histórias de gente que também resolveu fazer uma mudança drástica como eu. Assisti a vários, e escolhi esse aqui para repartir com os leitores:

Músculos eu já tenho para chuchu, graças ao personal que venho fazendo desde setembro... E convenhamos: quando eu faço uma flexão de braço, levanto muito mais peso que o cidadão médio! :D
Falta agora torná-los visíveis. :D

sábado, 6 de março de 2010

O primeiro dia do resto de sua vida

Fica engraçado um cara que todo mundo acha magro (ou "normal") e que tem um peso teoricamente saudável para sua altura entrar numa reeducação alimentar. Quando coloco minha meta de sete kilos, ela é bem real pra mim - não será possível alcançá-la e mantê-la sem reeducação alimentar.
Acontece que estou com um peso fora da minha realidade faz tempo. Tive 62 kg até meus 21 anos. Depois disso começou a vidinha desregulada a que é submetido qualquer aspirante a médico: plantões, uma carga de trabalho imensa, cansaço, um monte de responsabilidades, horários malucos. E a alimentação, se já não era ruim, piora muito. Terminei meu curso com 70 kilos, que subiram a 75 numa viagem aos EUA e desceram a 65 em períodos de mais atividade física - para mais tarde retornar ao patamar habitual, mesmo 20 anos depois.
Como boa parte de minha família é composta de rechonchudos senhores e senhoras, vejo minha barriga instalar-se de maneira meio inexorável e, quando Jamila disse que estava começando a reeducação, disse pra mim "é agora". E após meu primeiro dia, verifico que sim, é perfeitamente possível ser mais saudável, mudar meus hábitos e ter um peso mais compatível com minha altura.
Saúde! :D

Começou

 
(Rá-rá-rá! Já pensou se ele fosse assim?)


Eu sempre jurei para mim mesma que eu nunca pesaria mais de 100 quilos - até que eu cheguei neles e me vi sem nenhuma perspectiva ou ânimo para mudar as coisas sozinha.

Escolhi os Vigilantes do Peso, porque já tentei muitas dietas (menos essas de capa de revista Ana Maria, tipo "o óleo milagroso que derrete a gordura!" - só trouxa cai nisso, hehehehe - com todo o respeito :P). Acredito que o lance seja a reeducação alimentar, a mudança de hábitos. Dieta enche o saco. Viver de outro modo é um desafio diferente.

Esse blog se propõe a ser uma espécie de diário do processo, e já começa com outros dois autores: minha irmã e meu marido, que também toparam a mudança. O objetivo é ter um ótimo "antes e depois" ao final do processo, e é claro, ter mais saúde e disposição.

A LAMÚRIA QUE PRECISA ACABAR

"Minhas roupas não estão entrando"
"Nunca acho coisas legais do meu tamanho nas lojas"
"Eu tento fazer atividade física, mas me dá dor de cabeça e eu fico muito cansada depois"
"Mas é tão difícil... Já tentei várias vezes."